B37. Sentir não é competir - é coexistir

No silêncio do Pico, compreendi que sentir… é poder.
É respeitar quem sou.

Enquanto deslumbrava a imensidão de constelações,
percebi que o que me torna única
é o que sinto, o que penso… — quem sou!

Posso traduzi-lo em palavras comuns,
mas só eu sei, para mim, o que representa.

Quando nego quem sou para dar espaço ao outro,
perco-me.
E essa é a maior traição para comigo mesma.

Para quem não quer compreender,
o que eu sinto jamais será entendido —
será um exagero, um desrespeito, um confronto.

Ao vislumbrar o céu estrelado, compreendi:
sentir não é competir — é coexistir.
As estrelas criam constelações
por coexistirem, lado a lado.
Há espaço para todas as luzes brilharem.

Talvez, visto do céu,
quando coexistimos,
integramos nós próprios… constelações.
Deve ser lindo.

O que sinto importa…

Anterior
Anterior

B38. A sombra que me protege

Próximo
Próximo

B35. Morremos devagar ao normalizar