B5. A segurança é sedutora mas o que perco ao ficar?

As coisas não mudam, nós é que mudamos
— Henry David Thoreau

Na vida, enfrentamos constantemente decisões que nos desafiam. Muitas vezes, paramos para ponderar: “O que ganho se avançar?” Mas será essa a pergunta certa? Talvez devêssemos perguntar: “O que estou a perder por ficar?” É através da ação que nos descobrimos, não na inércia. É nos passos, por mais incertos que sejam, que encontramos o nosso propósito e nos transformamos. É ao caminhar que o caminho se revela.

Aprendi que “é melhor uma má decisão do que uma não decisão”. Refletir antes de agir é essencial, mas quando chega o momento da ação, é preciso silenciar a mente e avançar. Caso contrário, ficaremos reféns da dúvida. A mente, com a sua astúcia, convence-nos de que é mais seguro ficar. Afinal, a sua missão é proteger-nos, afastando-nos do risco. Mas não precisamos da sua permissão para agir.

O custo da inação é elevado. O tempo passa, e cada etapa da vida tem desafios e oportunidades que não voltam atrás. É como estar na escola: quem não acompanha a matéria, fica para trás. O exame é a própria vida, e quem não arrisca acaba por reprovar. Devemos viver as coisas no momento em que são para ser vividas, com coragem. Avançar é requisito para crescer.

Muitas vezes, o que nos impede de avançar é o medo do desconhecido. O medo é uma emoção poderosa, capaz de nos proteger e de nos desafiar. Quando enfrentamos aquilo que nos assusta, algo incrível acontece: descobrimos forças que desconhecíamos. Esta transformação quebra crenças limitantes, expande os nossos horizontes e devolve-nos ao nosso centro. É aqui que reside o verdadeiro poder, a capacidade de agir alinhados com quem somos.

Por isso, quando a dúvida surgir e a mente tentar racionalizar todos os cenários possíveis, é lembrar: “não é preciso autorização da mente para agir”. É dar um passo de fé e seguir o coração. Pode não ser fácil, mas é no desconforto que encontramos o crescimento. Quem ousa sair da sua zona de conforto alcança impactos duradouros.

A segurança é sedutora, mas raramente traz mudanças. É na ação, mesmo que imperfeita, que criamos algo novo e significativo. Cada decisão ousada, mesmo que não traga sucesso imediato, aproxima-nos do que realmente importa. Redescobre o que te faz vibrar: hobbies antigos, paixões esquecidas ou novos desafios. Tudo isso nos reconecta à essência do que somos, despertando a criatividade e o entusiasmo pela vida.

A ação, em si, já é uma vitória, porque nos coloca em movimento, abre possibilidades e transforma o medo em experiência. A pergunta deve ser “o que perco ao ficar?” Está na hora de agir, mesmo sem garantias absolutas, certezas ou aprovações externas.

Acreditar que vai dar tudo certo. E mesmo que os resultados não sejam perfeitos, haverá evolução, pequenas vitórias que também são de festejar. A experiência ganha-se na prática, e a prática quer ação. A ação precisa de vir à vida.

É hora de agir. De viver como realmente idealizamos, passo a passo, rumo ao que faz palpitar o coração.

O futuro que sonhamos começa hoje, no momento em que decidimos avançar!

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